Filme de comédia tem um objetivo principal, fazer rir. E este é um filme que atinge seu propósito.
Com o foco na separação do casal, Cláudio (Tony Ramos) e Helena (Glória Pires), a trama faz ocorrer, novamente, a troca dos papéis entre o marido e a mulher fazendo-os assumir o corpo do outro, como ocorreu no primeiro longa Se Eu Fosse Você (2006), de Daniel Filho.
Já separados, Helena tem de aturar morar no apartamento do amigo de Cláudio (Nelsinho, interpretado por Cássio Gabus Mendes) e Cláudio, volta a morar em casa mas tem de se passar por sua mulher e ouvir as confidências, das mais "cabeludas", da filha sem fazê-la perceber que sua mãe, na verdade é seu pai.
Vale a pena o filme por diversos motivos, a começar pelos atores que ficam melhores quando estão com os papéis invertidos, pois não fica caricato, pelo contrário, parece mesmo que o espírito do outro está dentro do corpo de um.
Outro motivo é Chico Anysio com humor refinadíssimo, onde a graça é percebida sutilmente, nos gestos e forma de dizer de suas falas.
E por fim, pra quem namora(ou) por muito tempo ou é(foi) casado, é perceber a proximidade das brigas e dos assuntos delas, próximos às da vida dos espectadores que, por vezes, tem a sensação de ter passado por aquilo e podem pensar durante o filme: "Nossa, parece a minha mulher/namorada falando" ou "Caramba, parece meu marido/namorado, credo!"
Boa diversão que, apesar de não se sustentar durante todo o filme, pode render algumas risadas.
E, se não ocorre, é porque você, AINDA, não passou por isso. E, quando passar, reveja este filme!
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