Antes de (re)ver um filme, dá uma olhada aqui!

Sabe aqueles filmes de ontem e anteontem que você viu e já esqueceu ou nunca viu, mas tem certeza que sim? Então! Dá uma olhada nestes aqui. Quem sabe ajudamos você a relembrar algumas cenas, elementos curiosos que aparecem nas imagens, ou mesmo, dizer algo que você realmente não viu. E, se não incluímos um detalhe, que você acha importante, comente e enriqueça as análises. Divirta-se!

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quarta-feira, 24 de março de 2010

Sociedade dos Poetas Mortos (1989), de Peter Weir


A trama se inicia no ano de 1959 com a chegada de novos alunos em Welton - escola preparatória para o ingresso de alunos em renomadas univesidades americanas - que tem como seu lema: Tradição, Disciplina, Honra e Excelência. Percebe-se, desde o início, a preocupação e cobrança de pais, professores, coordenadores e alunos para que o objetivo e os resultados sejam atinigidos, pois além de ter um alto custo, há em jogo o nome da instituição, por ser a que tem o maior índice de aprovação nos Estados Unidos.

Um ex-aluno de destaque e agora professor, iniciará o curso de poesia. Seu nome? John Keating (Robin Williams) ou, se os alunos preferirem, "O Captain! My Captain!" referindo-se a um poema de Whitman, dedicado a Abraham Lincoln.

A partir daí, veremos que Keating não realizará aulas comuns, mas sim elaborará formas inusitadas e instigantes que façam os alunos aprenderem, sentirem, produzirem sobre poesia e, ao mesmo tempo, se descobrirem e buscarem dentro de si sua verdadeira paixão e vocação profissional, libertando-se do pensamento que deveriam seguir apenas o que seus pais sonham com seus futuros.

Prestem atenção às aulas do prof. Keating. São brilhantes, chacoalham os alunos, quebra paradigmas e conceitos rígidos, ou seja, uma forma nem um pouco ortodóxica de ministrar aulas.

Como exemplo, há uma cena emocionante onde ele pede a seus alunos que, após lerem a introdução de um livro de poesias, rasgue-a. Afinal, o que realmente interessa ali são as poesias em si e não fórmulas matemáticas para saber se um poema é bom ou não.

Com isso, o mestre, utilizando-se da expressão latina carpe diem (colha o dia) a seus alunos, dizendo para tornarem suas vidas extraordinárias, ganha respeito, confiança e admiração deles, a ponto de pesquisarem sobre ele e descobrirem que fazia parte, na época de estudante, de um grupo chamado Sociedade dos Poetas Mortos. Ao ser questionado por alguns alunos, Keating explica que eram reuniões secretas em que alguns alunos de sua época se juntavam para ler poesias, entre outras coisas.

A partir disto, Todd Anderson (Ethan Hawke), Neil Perry (Robert Sean Leonard), Knox Overstreet (Josh Charles), Charlie Dalton (Gale Hansen), Steven Meeks (Allelon Ruggiero), Richard Cameron (Dylan Kussman) e Gerard Pitts (James Waterston) vão até o local das antigas e secretas reuniões para retomar as atividades proibidas.

É interessante poder observar como cada estudante vai, aos poucos, quebrando suas próprias barreiras. Algo até poucos meses inimaginável, agora parece ser fundamental para que eles se sintam vivos e se dediquem mais aos estudos. E também, como a Sociedade vai tomando corpo e modifica positivamente os estudantes, como eles vão se descobrindo.

Prestem atenção em duas histórias. A de Knox Overstreet que se apaixona por uma garota e se descobre capaz de conquistá-la e, também, no personagem Neil Perry que além de ter um pai austero, por diversas vezes, não consegue demonstrar suas vontades e seus pontos de vista entrando sempre em atrito com ele.

Nesta última, Neil quer ser ator e consegue o papel principal na peça Sonhos de Uma Noite de Verão, de Shakespeare. Claro que, o pai ao descobrir vai até a escola ter com o filho e dizer que atuar na peça está fora de questão, pois aquilo desvirtuará os caminhos planejados por ele em relação a Neil.

A partir desta imposição, os fatos seguintes levam a um desfecho emocionante e triste, porém traz consigo uma carga emocional muito forte e especial na vida dos estudantes, do prof. Keating e da própria escola.

O filme é belíssimo, do início ao fim. Tanto a trama, como a beleza das locações. Prestem atenção nas cenas externas, no outono e inverno, ora com as árvores num tom alaranjado pelas suas folhas secas, ora pela imensidão branca que ocupa a área externa do colégio fornecendo dramaticidade essencial à história.

(Re)ver Sociedade dos Poetas Mortos é quase um chamado de descobrimento pessoal. Mostra de que forma as pessoas podem fazer a diferença, influneciam a vida de outros, negativa e positivamente. Mas também, é uma grande lição de auto-estima e perseverança, acreditar em seus objetivos e ter como recompensa o sentimento e reconhecimento de dever cumprido. Como Gandhi disse, certa vez: "Primeiro eles te ignoram, depois riem de você, depois brigam e, por fim, você vence."

Um comentário:

  1. A única coisa ruim do filme é o robin Willians... mas naquela época a gente não sabia...

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